05/10/15- O cineasta jacobinense Wilson Sena Militão é citado como empreendedor de cinema em uma matéria do jornal A Tarde publicado neste domingo. Militão, que foi diretor do filme " Terra Payayá" do blogueiro Corino Alvarenga, deixou a o cargo de servidor da Secretaria da Cultura para se dedicar a fazer DVD de cantores e bandas baianas e também documentários com a sua empresa "Militão Produções Artísticas".
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O cineasta baiano Sérgio Machado anunciou esta semana, com exclusividade, ao A TARDE que vai participar de projetos cinematográficos na Bahia, em 2016, juntamente com os atores Lázaro Ramos e Wagner Moura. O objetivo é ajudar a alavancar o setor de audiovisual no estado, aproveitando a onda de investimentos que o Ministério da Cultura vem promovendo na área ultimamente. Um segmento que tem animado produtores locais a empreender.
"A ideia é trabalhar para desenvolver projetos cinematográficos. A Bahia tem história, a Chapada Diamantina, o litoral, mas em termos de produção audiovisual estamos atrás de outros estados do Nordeste", afirmou Machado, que esta semana esteve em Curitiba para lançar seu novo filme, Tudo o que aprendemos juntos, com Lázaro Ramos no elenco.
O ponto de partida para a proposta de Machado vai ser o núcleo criativo da Agência Nacional de Cinema (Ancine) na Bahia, cujo edital foi vencido pela Ondina Filmes e que deve apresentar em um prazo de 18 meses seis roteiros de longa-metragem para posterior produção. A proponente Ondina se associou na empreitada à produtora Janela do Mundo, de Cláudia Lima. Sérgio Machado e seu parceiro Bernardo Attal devem assinar um dos roteiros.
"É uma semente para outros projetos", aposta Cláudia Lima, uma profissional com 16 anos de carreira, que trabalhou na produção de conteúdo da TV Salvador e vê um "excelente momento" para a produção audiovisual.
Para atestar a afirmação, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, lançou nesta quinta, no Rio de Janeiro, a segunda edição do programa Brasil de todas as telas, que fomenta a produção de programas independentes para as TVs públicas, séries e a digitalização de salas de cinemas. A grande preocupação do setor é que mudanças no MinC, com a reforma ministerial, comprometam futuramente os investimentos no setor.
A venda de filmes e séries para as TVs por assinatura tornou-se uma possibilidade efetiva com a aprovação da Lei 12.485/2011 (lei da TV paga), que estabelece a obrigatoriedade de exibição nos canais por assinatura de três horas diárias, em horário nobre, de conteúdo nacional.
É em busca desse espaço que a produtora Benditas tem se movido. Uma das sócias, a roteirista Sofia Federico, está escrevendo duas séries infantis, Tabuh e Francisco só quer jogar bola, que estão sendo negociadas com TVs pagas. A negociação é feita por meio da Docdoma Filmes, produtora do marido de Sofia, o também cineasta Marcos Póvoas. "Atualmente estamos vivendo dos nossos projetos", diz Sofia, que já dirigiu a Dimas, núcleo de audiovisual da Fundação Cultural da Bahia (Funceb).
Outro que deixou o setor público para empreender foi o servidor da Secretaria da Cultura Wilson Militão. Ele se dedica há sete anos a fazer DVD de cantores e bandas baianas, sua principal fonte de renda, e também documentários com a sua Militão Produções Artísticas. Para complementar o orçamento, Wilson também filma casamentos. "Mas estou ganhando bem mais do que recebia no governo", diz.
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Sérgio Machado acredita que vai faltar mão de obra. "Por mais que as faculdades formem pessoal, a demanda para suprir o espaço aberto pela nova lei é grande", afirma. O cineasta lamenta que historicamente a Bahia não tenha feito políticas de atração de produtoras para o estado.
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