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Superintendente do Isac acusa Rui Macedo de Injúria e Difamação


O Rota 324 recebeu na manhã desta segunda-feira, 19, uma ligação do superintendente do Instituto de Saúde e Cidadania - Isac, Alberto Aguiar, para esclarecer algumas acusações desferidas pelo prefeito de Jacobina, Rui Macedo. Em suas palavras, Alberto mostrou enorme indignação com a forma como o gestor conduziu o fim do contrato.

Perguntado por nossa equipe o porque da demora em se pronunciar, Aguiar contou que estava aguardando alguns documentos que comprovassem as mentiras contadas pelo prefeito. Entre as acusações do superintendente, destacamos a que se refere as máquinas de hemodiálise tão propagadas pelo gestor. Segundo Alberto, o equipamento, que não é de Jacobina, está com três mensalidades atrasadas (Cerca de R$ 100 mil cada) e a cidade corre o risco de perder as 25 máquinas adquiridas "Não foram compradas, e assim como o equipamento de Oxigênio (Também em atraso) existe um comodato e se não cumprir com o pagamento, a empresa buscará". Confira na íntegra a história contata pelo representante do Isac:

"Bom dia Igor, 

Como comentado logo mais cedo, estou te encaminhando alguns dados e informações relevantes para desmascarar tanta mentira com a população de Jacobina, principalmente referente ao contrato da ISAC. Te darei exclusividade a todos os dados e informações, porém gostaria que você divulgasse esta carta (abaixo) ou, pelo menos usasse a mesma como modelo para informar o que a ISAC tem a dizer para população.

Somos um Instituto (Associação) sem fins lucrativos, logo não existe verba, ou capital de giro para bancar projetos, todo dinheiro utilizado nos projetos, como o de Jacobina, vem dos cofres públicos por meio do contrato de gestão assinado e depositado numa conta específica para o Projeto, onde apenas se movimentam recursos do projeto específico, situação que a própria prefeitura tinha conhecimento. E mesmo a prefeitura tendo conhecimento que o dinheiro para o projeto vem exclusivamente do repasse, sempre tivemos nosso recebimento atrasado, o que dificultava o projeto, pois nosso contrato era de R$ 1.299.872,79, contrato este assinado em Outubro/2014 (13/10), com a previsão do primeiro repasse, pelo contrato, a ser efetuado até o décimo quinto dia útil, e os demais mensais, até o décimo dia útil do mês subsequente.

Como pode observar no documento (abaixo), todos os repasses, inclusive o primeiro, foram atrasados ou valores inferiores ao contrato, o que prejudicava muitos fornecedores que ficavam sem receber, devido existirem sempre prioridades que eram as medicações e os funcionários do HMATS. 

Pode observar que não tivemos repasse no mês de Dezembro/14, o valor referido a Dezembro/14 fora repassado apenas em Janeiro/15, ficando assim o primeiro repasse em Novembro/14 e o segundo repasse mais de 60 dias depois em Janeiro/15, conforme se verifica no relatório o repasse (abaixo).

Salientamos que apesar de estarmos sempre com um mês de atraso, e os valores sempre menores, não havia salários atrasados, o ISAC, no mês de Fevereiro/15, por decisão da Superintendência, deu prioridade ao funcionalismo do HMATS, e efetuou o pagamento de 02 salários no mesmo mês, atualizando. Em virtude dos valores menores todos os meses, e os atrasos, todo o provisionamento de décimo terceiro foi comprometido ao longo dos meses em virtude de não termos como manter o hospital desabastecido. 

As metas contratuais eram mensuradas pelos relatórios trimestrais de produtividade, que também todos os nossos relatórios tinham as metas cumpridas, conforme análise da própria Secretaria de Saúde do município. Além das inúmeras melhorias que efetuamos neste breve período que estivemos no HMATS, tais como, criação da rampa de acesso, dando acessibilidade à macas ao pavimento superior, o que não era possível, deixando o hospital subutilizado, e abarrotando o pavimento térreo com pacientes; adaptação do pronto socorro conforme exigências da vigilância sanitária, criação de leitos de observação masculino, feminino e infantil, antes todos eram juntos, melhoria da sala de parto, agora com equipamentos adequados e uma ambiência digna, pois antes o mesmo era num corredor do HMATS, além da visível melhoria da Clínica de Hemodiálise, com novos equipamentos.

Mesmo com atrasos frequentes e até meses sem repasses, como Agosto/15 e Setembro/15, mantivemos a qualidade do atendimento, prova disto pode ser observado em nossa pesquisa de satisfação ao usuário realizada no mês de julho, baseada em modelos preconizados pelo próprio Ministério da Saúde, a pesquisa também está abaixo.

As máquinas de Hemodialise não são do município, todas são locadas conforme contrato realizado com a ISAC de aluguel e manutenção dos insumos, e o não pagamento dos alugueis pode recorrer a retirada das máquinas por parte da empresa. Mesmo caso se reflete a Usina de O2, que também foi locada de uma empresa parceira, reduzindo custos de manutenção do abastecimento de O2, que também pode ser removida a qualquer momento devido falta de pagamento.

Já protocolamos todas estas informações perante o Ministério Público, que já inclusive, segundo informações, abriu um Inquérito Civil para o caso". 

Alberto Aguiar

Ainda segundo Alberto, por muitas vezes o prefeito preferiu pagar ao seu aliado da padaria e atrasar pagamentos de medicamentos "Eu pedia a ele para pagar só a metade da padaria para não ficarmos sem medicamentos e ele não aceitava. Eu tinha que contar com a amizade para que recebêssemos medicamentos, mesmo devendo. Estou devendo a um colega lá em Feira que é quem tirava a gente do sufoco" disse acrescentando ainda que a gente pode pesquisar qual o funcionário do hospital que está com o FGTS em dia que não acharia.

Igor Fagner - Rota 324

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