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Pesquisa aponta que metade da população brasileira acredita que "bandido bom é bandido morto"

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Bandidos mortos em confronto com
a polícia em Ponto Novo



05/10/15-  Metade da população brasileira acredita que a máxima "bandido bom é bandido morto" é verdadeira, aponta pesquisa do Datafolha divulgada nesta segunda-feira (5). O estudo, encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foi realizado com 1.307 pessoas acima dos 16 anos, em 84 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes.

O estudo mostra que 50% dos entrevistados concorda com a afirmação "bandido bom é bandido morto", 45% discorda, 3% não concorda e nem discorda e 2% não souberam responder. Como a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos há empate técnico.


O resultado mostra que a sociedade está dividida quanto à questão. O vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segrança Pública, Renato Sérgio de Lima, vê o resultado com otimismo. Em entrevista à Folha de São Paulo, o sociólogo disse que, como metade da populção discorda, há espaço para mudança.

Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB de São Paulo, no entanto, aqueles que defendem a morte de bandidos põe nas mãos dos policiais a função de executores. "Como a sociedade não vê uma saída concreta para a violência, ela passa a achar que o único jeito de acabar com ela é por meio do extermínio físico do criminoso, tendo como seu agente a polícia", disse à Folha de São Paulo.

Segmentação dos dados
O percentual de discordantes só é maior do que o de concordantes entre os entrevistados que se autodeclararam pretos e amarelos e aqueles na faixa etária entre 16 e 24 anos. Entre os pretos 50% discorda e 44% concorda com a afirmação, enquanto 50% dos amarelos concorda e 48% discorda.

53% dos brancos concorda com a afirmação contra apenas 41% que discorda. Há empate técnico entre os pardos, com 48% de concordantes e 47% de discordantes. Entre os mais jovens, 53% dos entrevistados discorda da afirmação contra 42% que concorda.

Entre os 25 e os 44 anos há empate de 48%. É na faixa dos 45 a 59 anos que o porcentual de concordantes ultrapassa, com 51% contra 43%. É também nesta faixa que o porcentual que não soube responder ou não concorda nem discorda é maior, 6%. Já entre os entrevistados com 60 anos ou mais, 65% concorda com a afirmação contra apenas 30% que discordam.

A pesquisa mostra os dados segmentados também por gênero e região do país. Entre os homens, 52% concorda e 45% discorda e entre as mulheres 48% concorda e 46% discorda. A região do país que apresenta o maior índice de pessoas que concordam com a frase é a região Sul, com 54%. Já no Nordeste, 52% concorda e 44% discorda da afirmação

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