Energias renováveis representam a terceira onda de crescimento do Estado |
“Guardadas as proporções, as energias renováveis representam a terceira grande onda de crescimento econômico da Bahia. A primeira, na década de 1970, se deu com a petroquímica. A segunda, nos anos 1980, com a indústria automobilística,
e a atual, que tem a vantagem de promover a desconcentração industrial e a inclusão social, levando riqueza para o interior e às populações mais pobres do Estado”, afirmou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda, durante a abertura do VII Fórum Nacional Eólico/Carta dos Ventos, realizado nos dias 24 e 25 de novembro de 2015 no Senai/Cimatec, em Salvador.
Também participaram da solenidade de abertura do evento os secretários de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis do Piauí, Luiz Coelho, e de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, Otomar Cardoso Junior; a presidenta
da Abeólica, Elbia Gannoum, e o diretor-geral do Centro de Estratégias em Recursos Naturais (Cerne), Jean Paul Prates.
Implantação da fábrica de torres em Jacobina |
Terceiro maior produtor de energia eólica do Brasil, a Bahia já contabiliza R$ 22,7 bilhões em investimentos no setor de energias renováveis. Em eólica são R$ 18,5 bilhões investidos em 186 usinas, com 4,5 GW de potência, distribuídas em 22 municípios da região semi-árida.
Quanto à solar, são mais R$ 4,2 bilhões para 32 empreendimentos em cinco municípios e 893 MW de potência.
Em consonância com o diretor do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Saulo Cisneros, Hereda defendeu uma maior participação do setor bancário, especialmente com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), e Banco do Brasil (BB), além das instituições do setor privado no financiamento das energias renováveis.
A edição 2015 do Fórum Nacional Eólico teve como foco a expansão dos parques eólicos e o novo mapa da geração eólica no Brasil. Anualmente, governos e empreendedores analisam e atualizam a Carta dos Ventos, um documento de intenções e pleitos ao redor do qual gravitam as principais questões estratégicas para o pleno desenvolvimento do setor eólico.
“A energia eólica no Brasil prosperou além das mais otimistas projeções e se consolidou com uma fonte de grande relevância na matriz energética nacional. Em maio de 2015, o País passou a marca de 6 mil MW em usinas eólicas instaladas e conectadas à rede nacional. Bahia, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Ceará são Estados com mais de 1.000 MW instalados e um extraordinário crescimento se projeta para o Piauí e o Maranhão”, afirmou, na ocasião, o diretor-geral do Centro
de Estratégias em Recursos Naturais (Cerne), Jean Paul Prates.
O Brasil subiu para a quarta posição no ranking mundial de expansão de potência na energia eólica em 2014. Já no quesito eficiência, o Brasil está liderando a corrida mundial, conseguindo um fator de capacidade de 37% em 2014, uma vez e meia o indicador mundial.
Também saltou cinco posições no ranking mundial de capacidade instalada. Agora, ocupa o 10º lugar em geração, tendo sido o 15º em 2013. Os dados integram o boletim “Energia Eólica no Brasil e Mundo- ano de referência 2014”, produzido pelo Ministério de Minas e Energia (MME) do governo federal.
Fontes: Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), e Secretaria de Relações Institucionais (Serin) do Estado da Bahia.
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