JACOBINA; TRÊS MORTES EM DOIS DIAS. FALTA DE INVESTIMENTO NA SEGURANÇA PÚBLICA DEIXA CIDADE COM DEFICIT DE POLICIAMENTO

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2016 chegou e com eles números preocupantes na segurança pública da Cidade do Ouro. O ano novo se mostra  atípico, com três homicídios registrados em apenas 48 horas. Para termo de comparação, nestes dois dias de 2016 se registrou 10% das mortes violentas registradas em todo o ano de 2015 na cidade, quando foram cometidos 30 homicídios.
Os índices mostram que neste início de ano Jacobina está  a frente em número de assassinatos  de municípios que tradicionalmente sempre foram superiores nos índices de criminalidade, como Juazeiro e Irecê. Nestas duas cidades, nenhum crime de morte aconteceu até o momento, e olhe que em 2015, em Juazeiro , por exemplo, ocorreram 128 homicídios, numero próximo ao registrado em Petrolina, PE, onde 135 homicídios foram apontados no ano passado.  Não quero dizer com isso que a situação está foram de controle em Jacobina, afinal são crimes premeditados, muito difíceis de serem evitados, mas uma reflexão se faz necessária. Se houvesse mais polícia na rua, menas chances haveria do delito acontecer. Apesar dos esforços das Polícias Civil e Militar de nossa região, é muito difícil e fazer frente a criminalidade quando o estado não faz  investimentos na segurança pública aqui. Tanto a Polícia Civil como a Militar sofrem com  a falta de efetivo, bem como número insuficientes de viaturas. É inadmissível que Jacobina, com quase 90 000 habitantes, tenha apenas duas viaturas para as rondas ostensivas. E aí quando o gato não aparece o rato se solta.  A falta de representatividade política faz com que a cidade seja preterida pela Secretaria e Segurança, em detrimento a outras regiões onde os representantes fazem valer a  influência, puxando para si todos os investimentos na área de segurança, enquanto nós ficamos a ver navios.
Os números falam por si só.Senão vejamos em um comparativo simples. a 54ª Campo Formoso , por exemplo, tem um efetivo semelhante ao de Jacobina, sendo Responsável pela Segurança Pública de apenas 3 cidades,  Campo Formoso, Antônio Gonçalves e Pindobaçu, Já a  24 CIPM, com 177 homens , responde por Jacobina, Caém, Saúde, Caldeirão. Grande, Tapiramutá, Piritiba, Miguel Calmon, Várzea Nova, Ourolândia,  Umburanas e Mirangaba. Façamos a conta então. Com uma escala de 24/72 horas, somando-se aos números de povoados e distritos que cada uma dessas cidades , não é preciso ser Expert em segurança pública para perceber que a conta não bate. É impossível cobrir a contento todos os municípios. É por este motivo que em Jacobina alguns pontos da chamada " MANCHA DA SEGURANÇA PÚBLICA" tem se ampliado. Na região da Praça da Bíblia e adjacências, por exemplo, são registrados assaltos quase todos os dias. Por mais que os policiais se esforcem, é impossível estar em dois lugares ao mesmo tempo. Se formos mais adiante ainda nas comparações, veremos que cidades menores que Jacobina, como Senhor do Bonfim e Irecê, por exemplo, são sedes de Batalhões da PM, cada um com mais de  300 homens de efetivo.
A Polícia Civil vive uma situação parecida, com pouco efetivo, numero insuficiente de investigadores, e que muitas vezes fazem as vezes de carcereiros.
A prefeitura municipal de Jacobina também poderia fazer sua parte na segurança pública investindo na Guarda Municipal, mas prefere priorizar outros investimentos do tipo " Pão e circo". Senão vejamos. No aniversário da cidade a gestão investiu meio milhão de reais na contratação de duas atrações musicais para agradar  a massa, no entanto, com um terço deste valor o município poderia comprar quatro viaturas novas  que poderiam fazer o policiamento nos distritos da cidade, que hoje vivem jogados ao Deus dará. Precisamos acordar para essa realidade. O povo tem que aprender a cobrar seus direitos. Como diz o ditado, criança que chora mais alto papai atende primeiro

Emerson Rocha / Bahia Acontece

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