No último número do Charlie Hebdo, o diretor da revista, Riss, assina uma charge em que um homem aparece assediando uma mulher. O desenho é acompanhado da seguinte legenda: "Migrantes: no que teria se transformado o pequeno Aylan se tivesse crescido?".
O próprio Riss responde, com a legenda "Apalpador de bundas na Alemanha" (tradução livre de "Tripoteur de fesses en Allemagne"), em referência às agressões sexuais registradas neste país na noite de Ano Novo. Segundo as denúncias, a maioria dos suspeitos seria de refugiados.
Em suas contas do Facebook e do Twitter, a rainha Rânia da Jordânia publicou um desenho do caricaturista jordaniano Osama Hajjaj, que dá uma visão alternativa: ao lado do pequeno afogado, uma menino mais velho usando uma mochila escolar e depois, um médico.
A charge foi publicada em árabe, inglês e francês com a mesma pergunta inicial da caricatura do jornal francês: "No que teria se transformado o pequeno Aylan se tivesse crescido?"
A rainha respondeu: "Aylan poderia ter sido médico, professor ou pai carinhoso".
O desenho do jornal Charlie Hebdo gerou fortes críticas nas redes sociais. Questionada pela AFP na quinta-feira sobre a controvérsia, a publicação não quis se pronunciar.
G1
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