27/01/2021
Um ex-diretor de colégio privado foi preso temporariamente na noite de quinta-feira (21), em Riachão do Jacuípe, no interior da Bahia. Ele é suspeito de abuso sexual contra, pelo menos, dois menores de idade, um caso que chocou o pequeno município de 34 mil habitantes. Conhecido como Léo Professor, Aurelino Silveira Leo Mascarenhas Filho, de 46 anos, ensinou a disciplina de Biologia nas duas escolas mais caras de ensino médio e fundamental da cidade. Há cerca de cinco anos, ele deixou de lecionar e abandonou a direção de um colégio para empreender no ramo de telefonia e eletrônicos.
De acordo com o relato de um morador da cidade que vive no mesmo bairro que o suspeito e conhece tanto ele quanto a família das vítimas, os abusos ocorriam na própria casa do professor. Ele dava aulas particulares de reforço para crianças e adolescentes. “Ele era professor e dava banca, aula particular. Os jovens iam para a casa dele e, em um certo momento, ele começou a assediar. Ele teve relação com dois da mesma família. Posterior a isso, ameaçava que ia mostrar foto, postar vídeo. Ele fazia essas ameaças para ter a manutenção da relação”, narra o morador. Segundo ele, Léo tinha uma arma no apartamento e câmeras no quarto que gravavam as relações sexuais com os jovens
Ele ainda revela que os abusos sexuais já duravam cerca de cinco a seis anos. Um dos jovens abusado revelou o caso após começar um tratamento psicológico por depressão. A denúncia teria vindo da própria família. “A família já sabe disso há um bom tempo, mas só fizeram a denúncia há uns dois meses. Um dos adolescentes contou porque já estava com quadro de depressão, fazendo tratamento. Depois da terapia, ele contou para a família, revelou tudo, e descobriu que acontecia também com outro familiar. Mas um não sabia do outro. A família toda está abalada, toda destruída”, conta.
O professor foi casado com uma mulher, com quem tinha uma filha de cerca de 14 anos. Após alegar que a mãe tinha transtornos, a Justiça concedeu a ele a guarda da filha, que ele tinha uma superproteção: “Ele não deixava ela ter contato com ninguém”, diz o morador.
Correio
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