Sessenta policiais federais e nove auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem nesta terça-feira (24) vinte mandados de busca e apreensão e catorze mandados de intimação nos municípios baianos de Maiquinique, Macarani, Itapetinga, Itamaraju, Teixeira de Freitas, Jequié, Mirante e Vitória da Conquista. Segundo a Polícia Federal, a operação Ciranda de Pedra combate crimes de desvio de recursos públicos destinados à área da infraestrutura na cidade de Maiquinique, no Sudoeste, entre os anos de 2012 e 2017. Seis contratos celebrados entre a prefeitura e o Ministério das Cidades são alvos das investigações. As apurações foram iniciadas no ano passado e analisam as obras contratadas que não foram entregues conforme previsto na licitação, que também está sob suspeita. De acordo com os investigadores, quatro empresas faziam um revezamento “nas licitações e parte dos recursos era destinada a pagamentos de parentes e pessoas ligadas à Administração Municipal”. Há suspeita, inclusive, de que uma das empreiteiras seja de “fachada”, formada por “sócios laranjas” para beneficiar o esquema.
“A organização criminosa obteve contratos da ordem de R$3.428.183,03 (três milhões, quatrocentos e vinte e oito mil, cento e oitenta e três reais e três centavos), dos quais R$1.587.619,76 (um milhão, quinhentos e oitenta e sete mil, seiscentos e dezenove reais e setenta e seis centavos) está estimado como o valor potencial do desvio com ordem de bloqueio judicial”, afirma a corporação em nota enviada à imprensa. Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e fraude à licitação. A PF justificou que o nome da operação está relacionado com uma obra da escritora Lygia Fagundes Teles, “formada por pedras, simbolicamente representando a sua dureza, a desintegração, o fechamento entre seus participantes e a não aceitação de novos membros”. (bahia.ba)
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