Comitê de Emergência reforça que risco de propagação do Zika é muito baixo durante os jogos e que não deve haver restrições gerais sobre viagens
A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressaltou, nesta terça-feira (14), durante a terceira reunião do Comitê de Emergência, em Genebra, de que é muito baixo o risco de propagação internacional do vírus Zika como resultado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil. Na reunião, membros do Comitê de Emergência reafirmaram que durante as competições o país estará no período do inverno, quando histórica e epidemiologicamente os índices das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti estão em declínio e atingem seu menor índice. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, apresentou na sexta-feira (10/06), em coletiva de imprensa, que os índices do Zika caíram 87% no país no comparativo entre fevereiro e maio deste ano.
O Comitê também reafirmou o seu aviso prévio de que não deve haver restrições gerais sobre viagens e comércio com países, regiões e/ou territórios com a transmissão do vírus Zika, incluindo as cidades brasileiras. A OMS reforçou as recomendações já realizadas aos viajantes, principalmente às grávidas, e que o Brasil deve continuar o seu trabalho de intensificar as medidas de controle de vetores e em torno das cidades e locais de realização de eventos.
“Estamos felizes com a declaração da OMS porque todo o esforço do Brasil foi reconhecido. É o coroamento do trabalho articulado entre governo federal, estados e municípios que teve resultado positivo”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que ressaltou que “a recomendação da OMS deve confirmar a vinda de turistas para o Brasil para acompanhar os jogos olímpicos”. O ministro disse que o “Brasil vai continuar dialogando com a Organização Mundial da Saúde e o Comitê Olímpico Internacional, e adotando eventuais novas recomendações”.
Principais pontos:
1 – O Comitê observou que os riscos em áreas de transmissão são os mesmos para um encontro de massa ou não. Esses riscos são minimizados através de boas medidas de saúde pública.
2 - Manteve as mesmas recomendações para viajantes internacionais (Grávidas devem evitar áreas de risco/parceiros sexuais devem assegurar práticas sexuais seguras ou se abster de sexo/Viajantes devem receber informações sobre potenciais riscos e medidas adequadas de proteção).
3 - O Comitê concluiu que existe risco muito baixo de propagação internacional do vírus Zika como resultado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. No Brasil a intensidade da transmissão autóctone de arbovírus, como dengue e Zika, será mínima.
4 - A Comissão reafirmou o seu aviso prévio de que não deve haver restrições gerais sobre viagens e comércio com países, regiões e/ou territórios com a transmissão do vírus Zika, incluindo as cidades do Brasil que acolhe os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
5 – O Brasil deve continuar o seu trabalho de intensificar as medidas de controle de vetores e em torno das cidades e locais de realização das competições.
6 - Os países com viajantes para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos devem garantir que esse público esteja plenamente informado sobre os riscos de infecção do Zika e medidas de proteção.
Leia a íntegra da declaração da OMS
Por Camila Bogaz, da Agência Saúde
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