Esta semana o projeto recebeu a visita de Márcio Argolo, um dos coordenadores do TOPA na Bahia, que em um bate-papo de cerca de uma hora com os presos , explicou como o projeto funciona e tirou alguma dúvidas.
" Fizemos todo o possível para que o TOPA viesse para nossa delegacia, promovendo assim a ressocialização do cidadão. Sabemos que existem indivíduos que se enveredam pela criminalidade mas gostariam de mudar de vida, e aprender a ler e a escrever é fator Sine qua non para que isto se torne realidade.
Ainda segundo o coordenador, inicialmente apenas 10 detentos se dispuseram a formar uma turma, mas todos que desejarem poderão participar, inclusive como monitores de turmas, basta para isso terem o segundo grau completo. Os presos que participam são beneficiados com uma bolsa de estudos mensal
O coordenador falou ainda que o TOPA na delegacia faz parte do projeto HUMANIZAR. Acompanhado pelo Conselho Comunitário de Segurança e pelo Ministério Público, o HUMANIZAR É desenvolvido pela coordenadoria há cerca de 3 anos, proporcionando aos detentos atendimento médico e odontológico, vacinação, inclusive de H1N1, exames prévios de cirurgia, visita de grupos religiosos e aulas de artesanatos. Além disso, todo preso que chega na carceragem, recebe um kit com produtos de higiene e uma revista evangélica
Segundo Gil, uma das monitoras do projeto, o HUMANIZAR vem proporcionando resultados importantes desde que passou a ser desenvolvido na delegacia, reduzindo substancialmente o número de rebeliões, motins e fugas.
Para Célia Aparecida, de São Paulo, o projeto mudou sua vida. Antes depressiva, agora, com o contato com o artesanato e com as aulas do TOPA, ela ganhou um novo sentido para sua vida, e agora sonha em sair da vida do crime e reencontrar sua filha, na região sul do estado. Já João Silva, chefe da turma de alfabetização, o TOPA é a oportunidade de escrever uma nova história para sua vida, literalmente.
Dona Célia aprendeu a confeccionar fuxico e fofoca nas aulas de artesanato |
Emerson Rocha / Bahia Acontece
Peças artesanais confeccionadas pelos detentos |
Jãoo Silva frequenta aulas do TOPA e aprendeu a fazer peças com a técnica de origami |
Kit entregue aos presos |
Mário Argolo e Gil, uma das monitoras do Humanizar |
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