Segundo o governo norte-coreano, isso se deve a fatores climáticos como altas temperaturas, seca, inundações e, também, às sanções da ONU.
A divulgação do memorando da missão norte-coreana à ONU acontece antes de uma segunda cúpula que ocorrerá no fim deste mês entre Trump e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, no Vietnã, sobre a desnuclearização da península coreana.
Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU aprovaram por unanimidade as sanções contra a Coreia do Norte desde 2006, numa tentativa de acabar com o financiamento de programas nucleares de Pyongyang.
"O governo da DPRK [República Popular Democrática da Coreia] pede às organizações internacionais que respondam com urgência à situação alimentar", diz o texto.
O memorando dizia que a produção de alimentos da Coreia do Norte em 2018 foi de 4,9 mi de toneladas, enquanto em 2017 o país produziu 503 mil toneladas. A ONU confirmou os dados oficiais do governo no final de janeiro e disse que a produção de alimentos da Coreia do Norte inclui arroz, trigo, batata e soja.
A Coreia do Norte informou que irá importar 200 mil toneladas de alimentos e produzirá cerca de 400 mil toneladas nas primeiras safras do ano. No entanto, a produção ainda será baixa e, a partir de janeiro, reduziria as cestas diárias de 550 gramas para 300 gramas por pessoa.
A ONU e grupos de ajuda à Coreia do Norte consultam o governo para "entender melhor o impacto da situação de segurança alimentar nas pessoas mais vulneráveis para tomar medidas imediatas para atender suas necessidades humanitárias", disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, na quinta-feira (21).
Dujarric disse que a ONU e os grupos de apoio só são capazes de sustentar um terço dos seis milhões de pessoas que precisam de ajuda em 2018 devido à falta de financiamento.
A ONU estima que um total de 10,3 milhões de pessoas —quase metade da população— estão em necessidade e cerca de 41 por cento dos norte-coreanos estão subnutridos, disse Dujarric.
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