Policiais federais estiveram na tarde desta sexta-feira (27) na casa e no escritório de advocacia do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot para cumprir mandados de busca e apreensão.
As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que apura ofensas, ameaças e informações falsas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Cerca de dez policiais federais chegaram no prédio onde Janot mora, em Brasília, por volta das 17h50 desta sexta. Enquanto isso, um segundo grupo de policiais cumpriu os mandados de busca e apreensão no escritório de Janot.
Os mandados de busca e apreensão foram emitidos um dia após Janot afirmar em entrevista que, em 2017, quando ainda era procurador-geral, entrou armado no Supremo com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar.
Moraes determinou que, ao cumprir os mandados de busca e apreensão, os policiais buscassem por armas, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos.
Além disso, o ministro do STF determinou:
- a coleta imediata do depoimento do ex-procurador-geral da República;
- a suspensão imediata do porte de arma de Janot;
- a proibição da entrada de Janot na sede e nos anexos do STF, e o distanciamento do ex-procurador-geral de todos os ministros do Supremo. Pela determinação, Janot não pode chegar a menos de 200 metros dos ministros.
Nesta sexta, Mendes pediu ao tribunal a retirada do porte de arma de Janot e a proibição da entrada do ex-procurador-geral no tribunal.
O inquérito foi aberto em março pelo presidente do Supremo, Dias Toffoli, que designou o ministro Alexandre de Moraes para a relatoria do caso.
G1
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