Oxitec nega fracasso de pesquisa em Jacobina e diz que resultados de estudos com Aedes “foram os esperados”

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A empresa britânica Oxitec negou em nota a imprensa que o experimento realizado com os mosquitos Aedes aegypti em Jacobina, no interior da Bahia, tenha fracassado. A empresa também desmentiu informações do artigo publicado pela Scientif Reports, do grupo Nature Research, de que a proposta do estudo seria de controle populacional dos insetos.

“O estudo de Jacobina, em 2013, teve como objetivo gerar dados sobre a segurança e a eficácia do OX513A e obter dados para a aprovação comercial junto à CTNBio. O foco não era o controle populacional dos mosquitos selvagens. Mesmo assim, o projeto conduzido na cidade brasileira de Jacobina-BA, em 2013, foi bem-sucedido. Mosquitos OX513A foram liberados durante 117 semanas e resultaram na supressão contínua das populações de Aedes aegypti nas áreas tratadas, totalizando uma redução de 94% na população de mosquitos, durante o experimento”, afirmou.



Conforme a nota, os resultados da pesquisa ainda mostraram que a técnica utilizada se assemelha com um inseticida: quando é aplicado, o efeito é visível, neste caso a redução populacional dos mosquitos. Uma vez que a linhagem OX513 desaparece do ambiente, os mosquitos voltam.

“Além disso, o efeito de supressão populacional não é imediato: é preciso liberar continuamente por aproximadamente um ano para que se possa começar a controlar a população. Os resultados apresentados em Jacobina foram exatamente os esperados. Essa informação estava presente no dossiê regulatório apresentado pela Oxitec e aprovado pela CTNBio, em 2014”, continuou.

A empresa segue dizendo que sete dias após a divulgação do artigo, o grupo editorial Nature “emitiu um aviso de isenção relacionado ao artigo citado na reportagem, afirmando que os editores estão revendo o artigo. Isso foi feito à luz das preocupações levantadas sobre integridade científica, da não divulgação de potenciais conflitos de interesse e de declarações prejudiciais e enganosas contrárias às evidências”.

“Os mosquitos transgênicos não criam mosquitos mais resistentes – é exatamente o contrário: o próprio artigo da Scientific Reports, assim como outros publicados à época, mostraram que a linhagem OX513 desaparece do ambiente algumas semanas após a interrupção das liberações, como esperado. Foram 14 anos de pesquisas antes do ensaio de campo em Jacobina. No local, foram 36 semanas de estudos antes da liberação dos mosquitos. Sendo assim, é um equívoco afirmar que a liberação foi precipitada”, finaliza.

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