Janot é alvo de ação no CNMP e pode ter sua aposentadoria cassada

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O subprocurador da República Moacir Guimarães Morais entrou com 1 pedido no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) na 6ª feira (27.set.2019) para que o órgão investigue o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. A atitude vem após Janot divulgar que tinha planos de matar o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e, depois, se suicidar.

Para Moacir, o fato de Janot ter ido à uma sessão do STF armado já justifica o instauramento da investigação. Com isso, o ex-PGR corre o risco de ter sua aposentadoria cassada. Leia a íntegra do requerimento.

“Será que o ex-procurador pode ir armado para o Supremo Tribunal Federal e, ainda mais, com a intenção de dar 1 tiro na cabeça de 1 ministro? Isso aí não fere o decoro? A cassação da aposentadoria pode se impor decorrente da apuração de fatos por este órgão externo ao MPF, razão pela qual o suplicante requer a juntada aos autos da matéria”, argumenta Moacir.



Servidores do Ministério Público Federal, caso do ex-PGR, recebem, em média, R$ 17.904 ao se aposentarem.

Janot também é acusado pelo subprocurador de querer “sair do ostracismo” ao divulgar a história. O ex-PGR lança na próxima semana seu livro “Nada Menos que Tudo” –em que conta histórias de quando esteve à frente da Procuradoria Geral da República e atuou na operação Lava Jato.

“Ele está tentando obter lucro com a venda do livro. Aí vem com essa informação de que tentou matar o ministro Gilmar”, completa Moacir.


ENTENDA O CASO
Segundo o ex-procurador-geral Rodrigo Janot, logo depois de ele apresentar uma exceção de suspeição contra Gilmar Mendes, em 8 de maio de 2017, o ministro espalhou “uma história mentirosa” sobre sua filha. “E isso me tirou do sério”, disse.

O pedido de suspeição contra Gilmar Mendes foi feito no âmbito de uma análise de 1 habeas corpus de Eike Batista, com o argumento de que a mulher do ministro, Guiomar Mendes, atuava no escritório Sérgio Bermudes, que advogava para o empresário.

Ao se defender em ofício à então presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, Gilmar afirmou que a filha de Janot –Letícia Ladeira Monteiro de Barros– advogava para a empreiteira OAS em processo no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Segundo o ministro, a filha do ex-PGR poderia na época “ser credora por honorários advocatícios de pessoas jurídicas envolvidas na Lava Jato”.

“Foi logo depois que eu apresentei a ação (…) de suspeição dele no caso do Eike. Aí ele inventou uma história que a minha filha advogava na parte penal para uma empresa da Lava Jato. Minha filha nunca advogou na área penal… e aí eu saí do sério”, afirmou o ex-procurador-geral.

O episódio também é mencionado no livro “Nada Menos que Tudo: Bastidores da Operação que Colocou o Sistema Político em Cheque”, escrito pelos jornalistas Jailton de Carvalho e Guilherme Evelin com base em relatos do ex-PGR após ele deixar o cargo, em 2017. No entanto, Janot disse que narrou a cena “sem dar nome aos bois”.

MSN

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