SITUAÇÃO DE BARRAGENS DE JACOBINA É DETALHADA EM REPORTAGEM DE TV. MP DIZ QUE FISCALIZAÇÃO FALHA

Segundo MP, Inema faz mais visitas de cortesia que de inspeção

30/11/18- 07h28 - Atualizada; Na matéria exibida nesta terça-feira a situação das barragens de rejeito da Yamana Gold em Jacobina é analisada em detalhes, principalmente da Barragem II, atualmente em atividade. Destaque para a informação de que os órgãos ambientais estão falhando na fiscalização, que o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, INEMA nunca realizou nem uma fiscalização de subsolo na mineradora, apenas de superfície, e segundo o repórter João Barbosa, a promotoria citou que as fiscalizações do órgão eram mais de cortesia do que de fiscalização. A Mineradora recebeu apenas dez visitas em oito anos, e em 2012. O promotor Pablo Almeida cita na entrevista que o INEMA autorizou que a empresa descartasse 3,84 milhões de litros por dia de águas na barragem na natureza, em afluentes da região, o que o promotor chama de extremamente exagerado, tanto que a própria empresa, por questão de segurança,  utilizou apenas 7 a 8%  toda vazão autorizada pelo órgão.

A reportagem cita ainda que procurou o INEMA e a Agência Nacional de Mineração na Bahia para que estes se posicionassem sobre as afirmações do MP de Jacobina, mas não obtiveram resposta.

Em meio a toda essa destruição causada pelo rompimento na barragem de Brumadinho, uma investigação da Polícia Federal chama a atenção no estado da Bahia. A operação, denominada " Terra de Ninguém ", visa desarticular um esquema de corrupção identificado dentro da Gerência Regional baiana da Agência Nacional de Mineração (ANM). Servidores e diretores são acusados de receber  vantagens indevidas,  " Propina ", para priorizar o andamento de determinados processos administrativos e até mesmo para modificar decisões contrárias aos interesses de empresários que se dispunham a efetuar esses pagamentos ilícitos.

Não fazendo nenhuma alusão com a situação de Jacobina, mas o desencadeamento desta operação mostra que a corrupção em órgãos que fiscalizam a atividade de mineração na Bahia não é algo tão incomum. Para que que tragédias como as que aconteceram por duas vezes em Minas Gerais e tão curto espaço de tempo,  que destruiu famílias e tirou a vida de centenas de pessoas, venham a ser registrada em solo baiano,  tem que haver um endurecimento dos órgãos fiscalizatórios. As denúncias feitas pelo Ministério Público sobre a situação das barragens em Jacobina são sérias e tem que ser levadas a sério.



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