Lula é acusado pela Ucrânia de promover narrativa com propaganda russa

 


O Centro de combate à desinformação no Conselho de Segurança e Defesa Nacional do governo da Ucrânia divulgou uma lista de ‘Palestrantes que promovem narrativas consonantes com a propaganda russa’ e incluiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A acusação foi publicada no site da entidade criada pelo presidente Volodimir Zelenski em 2021, que integra a guerra informativa entre Rússia e Ucrânia pela ótica do que Kiev considera “fake news”.

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Na lista com 78 pessoas, Lula aparece como único brasileiro. Segundo o Centro, os motivos dele aparecer por lá é que o ex-presidente teria afirmado que “a Rússia deveria liderar uma nova ordem mundial” e que “Zelenski é tão culpado pela guerra quanto o presidente russo, Vladimir Putin”.


De acordo com a assessoria de Lula em conversa com o bahia.ba, não existe nenhum registro do petista falando a primeira frase. Já a segunda, foi dita durante uma entrevista à revista norte-americana Time, publicada em maio, onde o político teria afirmado: ​”Fico vendo o presidente da Ucrânia na televisão como se estivesse festejando, sendo aplaudido em pé por todos os parlamentos, sabe? Esse cara é tão responsável quanto o Putin. Ele é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado”.

O candidato à presidência do Brasil condenou a invasão de Putin, mas repetiu que ele não é o único responsável. “Putin não deveria ter invadido a Ucrânia. Mas não é só o Putin que é culpado, são culpados os EUA e é culpada a União Europeia. Qual é a razão da invasão da Ucrânia? É a Otan? Os EUA e a Europa poderiam ter dito: ‘A Ucrânia não vai entrar na Otan’. Estaria resolvido o problema.”

Além disso, o ex-presidente em março deste ano julgou como “inadmissível” a guerra por ambos os lados.“É inadmissível que um país se julgue no direito de instalar bases militares em torno de outro país. E é absolutamente inadmissível que um país reaja invadindo outro país”.

“Sou e serei contra todas as guerras e qualquer invasão de um país por outro país, seja no Oriente Médio, na Europa, na América Latina, no Caribe, na África, em qualquer lugar do planeta. Defenderei até o fim a paz e a soberania de cada nação diante de agressões externas”, escreveu em Tweet há 4 meses.

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