MENOR QUE PARTICIPOU DE ESTUPRO COLETIVO NO PIAUÍ É MORTO EM CELA




17/07/15- Um dos adolescentes acusado de estupro coletivo em Castelo do Piauí, identificado como Gleisom Vieira da Silva, 17 anos, foi espancado até a morte pelos outros três menores coautores do crime, no alojamento D do Centro Educacional  HB Masculino, CEM. O crime aconteceu por volta das 23h da quinta-feira (16), no bairro Itaperu, Zona Norte de Teresina, no Piauí. A informação foi confirmada pelo diretor da unidade socioeducativa, Anderly Lopes.

A vítima estava na cela juntamente com os três menores que participaram do estupro coletivo. Segundo o diretor Anderly, o adolescente seria o delator do crime e chegou a fazer um vídeo com a polícia reconstituindo o caso. Segundo informações da polícia, o menor teve a cabeça quebrada devido as pancadas recebidas. O diretor de atendimento socioeducativo da Sasc, Anderlly Lopes, afirmou que nenhum objeto foi usado durante o espancamento. “Eles utilizaram as próprias mãos para cometer o crime contra Gleison”, disse.

Os jovens estavam internados no Centro de Internação Provisória (Ceip), mas após a sentença dada pelo juiz Leonardo Brasileiro eles foram transferidos para o CEM na quarta-feira (15). “No Ceip os adolescentes estavam separados, só como no CEM está superlotado tivemos que colocá-los na mesma cela da ala E, que abriga internos que cometeram atos infracionais graves como estupro, homicídio e latrocínio”, explicou.
O corpo do menor foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e a Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania (Sasc) aguarda a família para providenciar o velório. Os outros três adolescentes foram levados para o Complexo de Defesa da Cidadania.
O juiz da Infância e Juventude, Antônio Lopes, condenou a administração da unidade por colocar os menores na mesma cela e informou que irá pedir a transferência dos adolescentes. “A situação é gravíssima, eles deveriam ficar isolados. Estive com os adolescentes após o homicídio, eles disseram ter matado porque o outro tinha maior participação no estupro coletivo. Agora vão cumprir por mais este crime”, declarou.
Por sua vez, Anderlly afirmou que, por mais que o menor morto hoje tenha sido o delator, não haviam condições de saber se os outros poderiam cometer algum crime contra ele, devido ao bom comportamento apresentado.

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