POLICIAL CIVIL MORRE EM EXPLOSÃO DE DELEGACIA DE MACEIÓ




Uma forte explosão na sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), no início da noite desta quinta-feira (20), causou a morte de uma policial civil e deixou outros quatro agentes feridos em Maceió, no estado de Alagoas, Região Nordeste do Brasil. O estrondo provocou pânico e tumulto no bairro do Farol e adjacências. Vidros de prédios vizinhos à delegacia se espalharam pelas ruas e atingiram populares.

O acidente aconteceu no paiol (depósito onde se guardam munições e artefatos), que ficava numa das salas da Deic, por volta das 18h25. Os policiais ficaram soterrados por alguns minutos, até a chegada do Corpo de Bombeiros Militar. Quando o socorro apareceu, quatro policiais civis - Carlos César, Genival Maurício, Luis César e Amanda Daniele - foram resgatados com vida dos escombros. Eles receberam o atendimento inicial das equipes dos bombeiros e do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e, em seguida, foram encaminhados para o Hospital Geral do Estado.



Vítimas são socorridas

A agente Amélia Dantas, que integrava a diretora do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas ( Sindipol), não resistiu ao desastre e morreu no local. "Logo após o soterramento ela pedia socorro e se comunicava com os bombeiros e com a polícia. Mas, pouco tempo depois, não deu mais qualquer sinal. Após retirarmos o corpo dela dos escombros, um médico do Samu detectou que ela não tinha mais nenhum sinal vital e comunicou o óbito, lamentavelmente", informou a capitã Viviane Suzuki, do CBMAL. 

O corpo dela foi levado para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que fica dentro do HGE, e, durante a madrugada, foi necropsiado. O exame constatou que ela não sofreu ferimentos graves e que a morte teria sido provocada por asfixia. Amália Dantas será sepultada no Campo Santo Parque das Flores, na tarde desta sexta-feira. 


Maria, diretora do Sindpol, não resistiu aos ferimentos

A explosão destruiu praticamente todo o prédio onde funcionava a Deic. Apenas uma parede ficou erguida. Todas as salas desabaram, inclusive os tetos, e até um árvore grande que existia no pátio da delegacia, teve sua raiz arrancada no acidente. 

Diversas guarnições militares foram mobilizadas para o local. A polícia isolou a área e afastou populares do entorno da região, já que havia risco de novas explosões. 

Toda a cúpula da Secretaria de Estado da Defesa Social foi até a sede da Deic. Em coletiva à imprensa, o secretário Dário César lamentou a tragédia e garantiu que as famílias das vítimas receberão a assistência necessária do governo. "Estamos aqui para prestar solidariedade e nos dispor a ajudar naquilo que for preciso. Neste primeiro momento, a prioridade é a vida. Quanto a policial que morreu no soterramento, arcaremos com todas as despesas. Ela morreu em serviço", disse ele. 


A escola Microlins, que fica ao lado da Deic, também teve a estrutura abalada. Os bombeiros isolaram a instituição e pediram para que nem funcionários e nem alunos adentrassem no prédio até que uma perícia fosse realizada. Nesta sexta-feira (21), os bombeiros retormam ao local da tragédia para periciar o que sobrou da Deic e os imóveis vizinhos.

Os estilhaços de vidro eram vistos ainda nas proximidades da Praça do Centenário e os efeitos da explosão foram sentidos em outros bairros de Maceió.

Teto de lanchonete próxima a DEIC caiu por conta da força da explosão

Policiais fazem corrente humana em frente a Deic 

G1

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