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Justiça decreta prisão preventiva de nove diretores da Coof Saúde, acusados de desvio de milhões de reais da saúde de Feira de Santana

Helton Marzo Dourado em 2013 na Câmara de Jacobina
 durante audiência pública,"  Acho que 12 Mi pra Jacobina ainda é pouco

A Justiça decretou nesta quinta-feira (27) a prisão preventiva de nove pessoas entre diretores e funcionários da Coof Saúde, acusadas de cometer fraudes na saúde pública da cidade de Feira de Santana. O grupo foi investigado a partir da Operação Pityocampa, que apura desvios de milhões de reais, conduzida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). Os mandados de prisão preventiva foram expedidos em desfavor de Haroldo Mardem Dourado Casaes, Salomão Abud do Valle, Helton Marzo Dourado Casaes, Robson Xavier de Oliveira, Januário do Amor Divino, Cléber de Oliveira Reis, Rogério Luciano Dantas Pina, Diego Januário Figueiredo da Silva e Aberaldo Rodrigues Figueiredo



Segundo a juíza Silvia Lúcia, autora dos pedidos de prisão, as investigações demonstram uma complexa atividade criminosa  que recebia recursos públicos destinados à saúde do Município de Feira de Santana de forma fraudulenta, através de diversas condutas criminosas, como fraude à licitação, falsidade ideológica, uso de 'empresas de fachada' para lavagem de capitais, além de superfaturamento de serviços e execução contratual fraudulenta". Segundo a polícia as investigações se estenderão a outros municípios em que foram firmados contratos com a organização criminosa;  O objetivo, segundo a polícia, é comprovar todos os ilícitos que foram apontados do curso das investigações.

Em Jacobina, a Coof Saúde celebrou contrato para administração Rui Macedo por cerca de dois anos para administração do Hospital Antônio Teixeira Sobrinho e Unidades Básicas de Saúde do Município. 

Em uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Jacobina realizada para dar mais detalhes do então contrato proposto pelo então prefeito Rui Macedo e o secretário de Saúde Ivonildo Dourado, o diretor da  cooperativa ora apontada pelo Ministério Público como organização criminosa, chegou a dizer de os 12 milhões propostos no contrato era até pouco para Jacobina, pois saúde é cara e não existe almoço grátis. 

( VEJA MATÉRIA PUBLICADA PELO BA NA ÉPOCA) 

No período em que  a Cooperativa Coof Saúde esteve à frente do atendimento hospitalar do HMATS foram muitas as reclamações com relação a qualidade do serviço, o que levou ao fim  do contrato no fim de 2014. Segundo o vereador Tiago Dias, via redes sociais, foram pagos pelo município à Coof Saúde quase 20 milhões de reais. No período em que esteve em atuação na cidade de Jacobina,  a cooperativa foi alvo de denúncias feitas por vereadores ao MP do município e até uma CPI foi proposta na Câmara Municipal para investigar o cumprimento do contrato e o atendimento médico hospitalar no HMATS e postos de saúde, mas a CPI nunca chegou a ser iniciada e não teve desdobramento.





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