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Celsinho da Vila Vintém deve ser solto nesta quarta-feira após Justiça apontar pendência e supostas provas forjadas

 

Celsinho da Vila Vintém é fundador e chefe de uma das maiores facções do Rio de Janeiro.

Prevista para acontecer nesta terça-feira, a saída de Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, do presídio Lemos de Brito, no Complexo de Gericinó, acabou sendo adiada. De acordo com o advogado Max Marques, que defende o traficante, um erro da Justiça atrasou a liberação do criminoso, preso há 20 anos. Nessa terça, a Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio chegou a expedir alvará de soltura de Celsinho, mas foi encontrada uma pendência para sua liberação. A expectativa é o traficante deixar o presídio no fim da manhã desta quarta-feira.


Ainda de acordo com Max Marques, por um equívoco da VEP, constava em aberto um mandado de prisão contra Celsinho. O advogado, no entanto, esclarece que essa pena já tinha sido cumprida e que não existia nenhuma outra pendência. A defesa informou sobre o problema à vara. Agora, Celsinho aguarda novo posicionamento da Justiça.


Na última segunda-feira, o juiz Marcello Rubioli, da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio, determinou a expedição do alvará de soltura, a pedido da defesa do criminoso.

A decisão do magistrado se deu após Celsinho ter conseguido um habeas corpus na 3ª Câmara Criminal do TJ do Rio, na última semana, concedendo ao traficante o direito a recorrer em liberdade da condenação a 15 anos de prisão em processo no qual foi acusado de envolvimento na guerra pelo controle da favela da Rocinha em 2017. Por conta das outras condenações anteriores contra Celsinho, caberia à VEP decidir se ele seria solto ou não.

Segundo entendimento da Justiça, aprisão de Celsinho pela invasão na Rocinha ficou em xeque a partir da operação do Mistério Público deflagrada em setembro, que teve como um dos alvos o delegado Maurício Demétrio, acusado de envolvimento com o jogo do bicho.

Segundo os promotores, Demétrio teria usado de sua condição de autoridade policial para favorecer o grupo do bicheiro Fernando Iggnácio. Para isso, de acordo com a denúncia, em setembro de 2017, Demetrio teria negociado a transferência de Celsinho da Vila Vintém para a Penitenciária de Catanduvas, no Paraná, a fim de tirá-lo do caminho do bicheiro.

O nome de Celsinho foi incluído no inquérito de uma invasão da Rocinha, naquele ano, com a suposta ajuda do delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, na época, titular da 11ª DP (Rocinha), quando não havia nada contra o chefe do tráfico da Vila Vintém, na Zona Oeste.

O juiz Marcelo Rubioli, a pedido da defesa, deferiu pedido para excluir da pena total de Celsinho a condenação referente à guerra da Rocinha. Os advogados também solicitaram a extinção do restante da pena, alegando que já tinha sido cumprida pelo traficante. Esse pedido foi negado por Rubioli, sob alegação de que ainda há pena pecuniária, ou seja, uma multa a ser paga.


Celsinho da Vila Vintém é fundador e chefe de uma das maiores facções do Rio de Janeiro. Preso mais de uma vez na década de 1990, inclusive com uma fuga em 1998, ele estava encarcerado desde 2002. Com boa parte do tempo no Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia, ele está no complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, desde 2017 até esta quarta-feira.


Fonte: Extra / G1

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