Foto José C Fidelis Jr |
Outra reclamação dos atletas é que não havia água nos vestuários e banheiros do estádio, o que causou problemas e constrangimento aos corredores. O pequeno número de troféus por categoria deixou os competidores frustrados e com saudade dos tempos em que a corrida era organizada pelo Capitão Florentino Assunção, que arregaçava as mangas e saia em busca de parcerias com os comerciantes da cidade e conseguia centenas de troféus e medalhas para premiação dos competidores.
Uma pena, a corrida Duque de Caxias, que antes atraia multidões , não só no estádios, mas em todos os bairros que passava, vem se apequenando a cada ano. Não se viu neste ano nenhum atleta como os quenianos por exemplo, que vinham em grande número participar da Duque, uma das mais tradicionais corridas rústicas do país. Lembro-me por exemplo de ver João da Mata correndo aqui, muitos campeões da tradicional São Silvestre de São Paulo passavam por Jacobina devido a fama que a corrida tinha nacionalmente. Hoje o que se vê é uma organização atropelada, feita de última hora, com mudanças de roteiros constantes, devido as péssimas condições das ruas da cidade, e que confundem a cabeça dos competidores.
É preciso que se tome uma atitude. A Duque de Caxias é , antes de tudo , um patrimônio do Jacobinense, mas que não vem sendo tratada com a devida seriedade e respeito pelos governantes que, de forma direta ou indireta, veem paulatinamente decretando a sua falência em doses homeopáticas, ano após ano, com erros primários e infantis, provocados por uma visão míope e nanica. Jacobina não merece sofrer mais esta perda. A Duque de Caxias tem que ser respeitada em sua tradição , para o bem não só de Jacobina, mas para o atletismo brasileiro
Emerson Rocha / Bahia Acontece
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