'Não tenho a menor vontade de ser Presidente da República', diz Joaquim Barbosa

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, negou nesta terça-feira (25) a possibilidade de ser candidato à Presidência da República no ano que vem, embora tenha se declarado "lisonjeado" de ter seu nome citado em pesquisas de opinião.

"Não tenho a menor vontade de me lançar candidato a presidente da República", disse o ministro a jornalistas, ao ser questionado sobre uma pesquisa do instituto Datafolha que o apontou como favorito à Presidência entre manifestantes que participaram de um protesto em São Paulo.

Barbosa disse, no entanto, que sabe que o grupo entrevistado pelo Datafolha não representava todos as parcelas da sociedade brasileira. Ele lembrou que já tem mais de 40 anos "de vida pública", dando a entender que não seria o momento de enfrentar esse desafio.

O presidente do STF se reuniu nesta terça-feira (25) com a presidente Dilma Rousseff e disse que colocou apenas sua opinião pessoal, e não detalhou o que foi tratado na conversa. Sobre o plebiscito, ele disse que ainda não é o momento certo para expor sua opinião. Barbosa defendeu "diminuir, mitigar, não suprimir" a influência dos partidos na vida política brasileira.

Questionado sobre como os protestos podem afetar o Brasil, Barbosa disse que o país tem uma democracia sólida para passar por turbulências como esta sem grandes abalos, "não acredito que [os protestos] possam colocar em risco [a democracia]", comentou.

Uma sugestão apresentada pelo presidente do STF para a reforma política foi um recall dos políticos eleitos. Os eleitores teriam o direito de "retirar" o voto, mesmo após a eleição.  "O eleitor tem o direito de anular, revogar e provocar uma eleição".

Redação RedeTV!, com Reuters

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